sábado, 24 de novembro de 2012

SEMINÁRIO DA UNB: POSTADO POR EDICLEIA MARQUES




 Visita ao seminário de educação e tecnologia, com o tema, sobre desafios para o projeto UNB, 24 a 26 de outubro.

        A visita ao seminário foi excelente, o tema abordado por Sérgio A.Andrade de Freitas, sobre o projeto TIC's, segundo o mesmo, esse projeto TIC's e o programa UAB no contexto da UNB, são desafios para  a convergência entre ensino presencial e a distância.Segundo o mesmo, dadas as modalidades presencial e a distância, a convergência seria um terceiro elemento, o ensino semipresencial, sendo que convergência é tudo isso e muito mais. É uma necessidade,é estratégico tanto para a UNB quanto para o país, porém segundo o mesmo existem dois fatores que influenciam, e muito, a concretização desta visão: O fator humano e a disponibilização de recursos adequados para a capacitação. Incentivo à realização de encontros para eventos, internos e externos.
Divergindo...
Grandes desafios
Equipamento
Burocracia
Capacitação
Motivação
Conhecimento sobre o público alvo
          Sendo que, segundo ele o aluno tem um estudo independente, o aluno controla o ritmo do estudo e o nível de intervenção.

terça-feira, 6 de novembro de 2012


Paradigmas-Relação de Poder-Projeto Politico-Pedagógico: Dimensões Indissociáveis do fazer educativo

Lúcia Maria Gonçalves de Resende


     Segundo Rezende, a idéia de decisões tomadas nas escolas entre os educadores deve ser de maneira democrática, para o processo ensino aprendizagem. Alguns educadores defendem que o Projeto Político Pedagógico deva respeitar cultura da escola, e não somente as ordens que vem dos órgãos exteriores. Mas, infelizmente na maioria das escolas isso não passa do papel, com a desculpa das dificuldades que as políticas externas estipulam, porém, com o baixo índice de aprendizagem, fica evidenciado que as mudanças têm que acontecer sim, começando de dentro das escolas. Alguns educadores acham que está bom da maneira da escola atualmente se encontra, porém, agora outros educadores  mais comprometidos sonham com tais mudanças.
     É preciso questionar que, os discursos que podem ser encontrados em documentos, nem sempre é o que se faz na prática, pois as práticas pedagógicas dentro de sala de aula são práticas que os educadores carregam ao longo de toda uma vida, muitas vezes sem atualizar-se, no ponto de vista de Resende.
     Para a autora, a discussão sobre paradigma não é nova, no entanto, nos últimos anos tem se intensificado, correndo o risco de se transformar mais em um modismo.
     Resende diz que as relações sociais em torno do poder transitam entre os dois pólos paradigmáticos: O conservador e o emergente. Em uma extremidade encontram-se os educadores que consideram conhecimento como transmissão de um saber pronto, e na outra extremidade, os educadores que concebem o conhecimento como um processo em construção.
     Além dessa dificuldade, a escola luta contra outras mazelas, pois está inserida em uma sociedade não menos problemática. E para que uma escola seja autônoma e de qualidade, deve fazer parte de uma sociedade amadurecida em sua consciência social, através das lutas pelos direitos da cidadania coletiva, relata Resende.
     Segundo a autora, as propostas pedagógicas têm na definição, em geral, por órgãos superiores, por intermédio de uma proposta dita democrática e discutida com a participação e representação de diferentes escolas, que na maioria das vezes são simbólicos e não têm garantido determinadas posturas metodológicas igualmente democráticas, nas escolas.
     Percebemos a escola vivendo uma das mais graves contradições, entre” a coisificação” e o “desejo de uma vida digna”. A partir da década de 80, o Brasil vem sofrendo influências de um movimento internacional que está preocupado em redefinir as bases de exploração da classe trabalhadora, porém, mesmo sobre a ótica capitalista, coloca-se a necessidade de repensar a organização do Estado, do trabalhador e da própria escola, diz Resende.
     Do ponto de vista da autora, a escola coloca-se como agenciadora do saber, logo o processo de aquisição desse saber, pode se dar tanto de maneira opressiva, tendo como centro a indisciplina do aluno, suas possíveis limitações individuais e sociais, como também centrar-se na posição de transformadora, onde o aluno deixa de ser domesticado, para assumir o papel de autor da sua própria história.
     Resende diz que apesar de a idéia que valoriza a transformação parecer clara e necessária, para os educadores, torna-se uma questão bastante complexa, pois essa idéia não consegue instalar-se com sucesso nas escolas.
     Segundo a autora, o regimento escolar é o documento básico que contém as determinações legais e as linhas norteadoras da organização formal da escola e deve explicitar o modelo de gestão e o Projeto Político Pedagógico nas relações sociais dele decorrentes.
     Do ponto de vista de Resende, a escola é como uma instituição que separa grupos, e ainda assim mantém um discurso que enaltece a formação e o respeito à individualidade, transformando sua ideologia em senso comum, percebendo a vitória do poder sobre o saber.
     Um Projeto Político Pedagógico bem elaborado não dá total garantia à escola que se transformará magicamente em uma instituição de qualidade melhor, porém, com certeza conscientizará seus integrantes de seu caminhar, interferindo em seus limites, aproveitando melhor as suas potencialidades e equacionando de maneira coerente as dificuldades identificadas. Somente dessa maneira, será possível pensar em um processo de ensino-aprendizagem com melhor qualidade e aberto para uma sociedade em constante mudança, segundo a autora.  

Postado por: Eva Macedo